O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) reconheceu, hoje, o queijo do Marajó como Indicação Geográfica do Brasil, o que trará vantagens para toda a cadeia produtiva em sete municípios do arquipélago: Cachoeira do Arari, Chaves, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Soure, com incremento da produção e efeito positivo para o turismo, com a consolidação da Rota Gastronômica do Queijo do Marajó. A concessão do registro da região marajoara como indicação de procedência para queijo foi publicada na Revista de Propriedade Industrial. O pedido de reconhecimento da IG foi feito em 2018. 
 
Agora o Pará contar com duas IGs reconhecidas. Em fevereiro do ano passado, o cacau do município de Tomé-Açu recebeu o registro. A farinha de Bragança está em processo final de reconhecimento. E o uso do nome de queijo do Marajó ficará restrito aos produtores e prestadores de serviços da região – que no caso é a Associação dos Produtores de Queijo e Leite do Marajó (APQL). 
 

Imagem: alavoura.com.br

 
O trabalho junto ao INPI foi realizado através do Sebrae. O Fórum Técnico de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas do Estado do Pará deu apoio ao processo via articulação, divulgação e visibilidade, que conta muito por ocasião da análise documental realizada pelo instituto. O fórum é formado por 32 instituições-membro, das quais fazem parte pelo Governo do Pará a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater). 
 
A Sedap vem trabalhando junto com Adepará e Emater na melhoria das boas práticas de produção do leite e queijo e também com o selo arte. 
 
Com base na documentação apresentada ao INPI, os primeiros búfalos chegaram ao Marajó entre o final do século XIX e o início do século XX. Até então o queijo tradicional da região era produzido por fazendeiros portugueses e franceses e tinha por matéria-prima o leite de vaca. Com o passar dos anos e o aumento do rebanho de búfalos, o produto começou a ser elaborado exclusivamente com leite de búfala. Os animais se tornaram símbolo da região e são, hoje, parte importante da economia do Marajó. Atualmente, a produção do queijo do Marajó se insere no contexto cultural local, refletido em um processo de produção peculiar. O ofício é passado de geração em geração.
 
 
Fonte: uruatapera.blogspot.com